A procura de um amor...


De volta ao meu caminho, nesta incessante procura de ti, sigo viagem rumo ao desconhecido. Vou colhendo pedaços de ti, naquele anjo azul, naquele passo mágico, resquícios que me dizem que já estiveste ali, mas que já partiste. Encontro-te em muita gente mas, apenas por um instante, apenas como um truque, um passe de magia, porque, no segundo seguinte já lá não estás.
Houve um momento em que acreditei ter chegado antes de ti, ter-te recebido de braços abertos, ter-te dado a minha alma, ter ficado contigo. Este instante, de anos feito, revela-se agora vazio de ti, deixaste-me a tua lembrança, mas a tua alma, voou, para outro abrigo, deixando-me atrás no tempo. Mais uma vez, devo seguir o meu caminho, procurar-te, numa outra forma qualquer, encontrar-te num olhar de emudecer.
Dou comigo a pensar, se não seria melhor deixar-me ficar, quieta, esperando que tu me encontres, voluntariamente, sem fugires de mim, neste jogo que nos leva à loucura, numa partida onde apenas os breves momentos de encontro, satisfazem a saciedade de uma saudade prolongada que se arrasta com o próprio tempo. Sobra-me a tua ausência, falta-me a força que me impele a procurar-te de novo. Quiçá num último fôlego, de novo só, sigo pelo estrada infinita, procurando-te, nesta derradeira viagem que um dia me fará acabar numa berma qualquer do caminho, morta pela tristeza de não te encontrar, desfalecida pela angústia de pensar que não queres ser encontrado…

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